sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Solta el pasado...

Mensagem de ano novo de uma vitrine aqui em Mendoza. Perfeita!
Se para 2009 escolhi a palavra travessia, para definir meu ano em 2010 a palavra foi desapego. Engraçado porque ela veio só por causa da coisa de maior apego da minha vida, o Pedro. Por causa dele, tive que abrir vários espaços. Espaços físicos, virtuais, emocionais... e, principalmente, espaço temporal. E em decorrência disso, tenho praticado a difícil arte do desapego.

As várias mudanças de casas (foram 4 em 2010!!!) e a abertura de espaço para o quarto do Pedro me fizeram eliminar muita coisa e também não querer juntar tanta tralha nunca mais. Coisas que achamos que um dia iríamos usar, ou que nos faria muita falta, mas que depois, longe de nossas vistas, nem são lembradas .

Como guardamos coisas pra cultuar o passado!!! Credo, até coisas que nos lembram coisas ruins guardamos. Pra quê? Apegos bobos. O que realmente importa do passado está em nossas recordações, e estas, nem a gente querendo, não sumirão facilmente. E quando sumirem, foi porque cedeu espaço pra coisa mais importante. Por isso,  joguemos tudo fora!!!

Ah meu Deus!!! Que gostoso foi como dar um "reset" na minha vida. Mais leve e com menos peso pra carregar. Nem lembro do que joguei fora e nem pensei em nada que tenha me arrependido. Tudo o que vivi quero me lembrar no balancinho de uma rede, olhando para o nada...  e não sentada no chão fuçando uma caixa embolorada cheia de papéis.

Não vejo a hora de voltar ao Brasil e pegar minha mudança, e reduzi-la ainda mais. Ai, me dá coceira saber que guardei tanta coisa, ainda que aqui não me fizeram falta nenhuma. Joguemos, vendamos, doemos, repartamos... o que seja, quero o menos possível.

Hoje, com o desapego em prática constante, porém não funcionando plenamente (ainda compro muitas tranqueiras), tento levar uma vida com menos coisas pra carregar, me ocupar ou me preocupar.Tenho um pacotinho precioso de quase 10 kilinhos que já me toma quase toda a força de meus braços e ocupa muito bem meu tempo e minha cabeça. Não quero ter mais do que uma gaveta de coisas essencias pra carregar e uma pequena mala de roupas, se tiver que fazer uma nova mudança.

Em 2010 eliminei muitas coisas. Peso eliminado que não fará falta nenhuma na incrível jornada que 2011 nos prepara! Tenho muito o que viver e aproveitar neste ano, não posso peder tempo com o peso do passado.


' Faço menos planos e cultivo menos recordações.
Não guardo muitos papéis, nem adianto muito o serviço.
Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve,
alcanço meus limites com as mãos,
é nele que me instalo e vivo com a integridade possível.
Canso menos, me divirto mais e não perco a fé por constatar o óbvio:
tudo é provisório,
inclusive NÓS! '

Martha Medeiros

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Para os jovens de coração


Por sorte, às vezes, algumas coisas nos lembram que podemos envelhecer, ter trabalho e responsabilidades, sem sacrificar a criança de dentro de nós. E por sorte, raramente, esta mensagem esta num comercial de TV, tão gostoso de assitir e que não enjoa nunca.
Não sei se esta passando no Brasil, mas aqui passa direto e sempre nos arranca sorrisos. Vale a pena, pela mensagem, pela gracinha de bebê e pela música "Young at Heart" de Frank Sinatra (letra e tradução).



Este comercial me lembrou o episódio do Chaves sobre o tema. Carregue o vídeo, aumente o som e dance com eles... isto é, se você for jovem ainda...


domingo, 9 de janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Os vinhos mendocinos.

Mendoza é mundialmente conhecida por sua produção de vinhos de boa qualidade, 70% do vinho produzido na Argentina se concentram na província, aqui há 150 mil metros quadrados de uvas plantadas e dos mais variados tipos (malbec, merlot, cabernet sauvignon, pinot, sirah, val semina, borgonha, trempranillo) e cerca de 1.200 bodegas. 

Vinho delicioso pedido no restaurante "Almacén de Uco" em Tunuyan, uma das cidade da rota do vinho.
   
As bodegas vão de tradicionais e centenárias à novas e modernas (comandadas por europeus e americanos aventureiros de grana), e algumas, cerca de cem, estão preparadas para receber turistas. Elas diferem quanto a sua produção artesanal ou altamente tecnológica e nelas você pode conhecer os processos de colheita, separação, retirada do suco, amadurecimento, envelhecimento e engarrafamento. Porém, devido as suas diferenças na produção, quantidade de informações e a suas histórias únicas, recomenda-se visitar umas três bodegas no mínimo.
 
Mendoza nos ensina, quase que sem querer, a gostar mais de vinhos, a  conhecer seus vários tipos, sabores, uvas, tempo de colheita, armazenamento e assim, Mendoza te ensina a achar o vinho de cada momento.

Os três primeiros que tomei aqui, o Trapiche foi o melhor, aliás, todos os Trapiche Origen que tomamos estavam gostosos.

É claro que estamos aproveitando esta temporada aqui em Mendoza para aprender um pouco mais sobre vinhos e para apreciá-los também. Abrimos sempre que dá, uma garrafa diferente, colocamos na taça, uma chacoalhadinha, uma cheiradinha, e um beberico, e pronto, acho bom ou ruim. Nada de comentários profundos, apenas os classificos em categorias tipo: "ruim, não dá pra beber", "bom, dá pra beber", e "muito bom, quero levar pro Brasil".
   
Três vinhos que tomamos aqui com a Cris e o Tadeu. O Ampakama levou a categoria "quero levar pro Brasil", porém não é de Mendoza, é de San Juan, província vizinha.
Sinto que ainda estou longe de chegar ao ponto de discutir que o vinho é bom porque seu corpo é frutado ou amadeirado, ou porque há notas de caramelos, tabaco, pimenta, baunilha ou seja lá que tempero mais em seu corpo de fundo sei lá do que quer que seja... e sinto que nem vou chegar neste ponto. Mas depois, lendo o rótulo com sua descrição, posso até "enxergar" tais sabores, cheiros e sensações descritos. Será psicológico? Ou será bebedeira mesmo?
Uma coisa é certa, estamos tomando e aprendendo, e temos desaprovado poucos por enquanto. Será nosso paladar ainda pouco apurado? Ou serão os vinhos daqui bons demais mesmo?


Vinhos da degustação da Bodega San Huberto, que vistamos com a Cris e o Tadeu. Vinhos naturalmente doces e refrescantes de colheitas tardias.

 Quanto as visitas, fizemos apenas uma, e na ocasião Cris e Tadeu nos acompanhavam, adoramos! A recepção, a visita, a aula, a paisagem e melhor, a degustação, nos sentimos muito bem recepcionados. Aprendemos muito lá, e tivemos a impressão que havia muito o que aprender. Saímos com gostinho de quero mais.

Bom, espero ainda conhecer pelo menos mais uma bodega antes de ir embora, mais duas vai...

A prosa pelo mundo...

Apesar de visitados por poucos, este blog sempre teve um público fiel, o que sempre me deu liberdade de escrever, porque achava estar escrevendo pra amigos conhecidos, achava...

Agora me aparece aqui no Blogger esta opção de estatísticas, ela me fornece vários dados sobre o acesso do blog, como os horários mais frequentados, as páginas mais visualizadas, os países que acessam, por onde é feito o acesso e etc...

Bem legal, posso ver que a Pivete nos acompanha de Portugal, que a Gisele andou passando por aqui, poderei ver se a desnaturada da Celinda não me esquecerá no Nepal...

Mas depois, olhando bem para as estatísticas, fiquei um pouco desconfortável, com alguns países que aparecem, na verdade, com um pouco de vergonha de gente que não coneço. Como se estivesse contando alguma coisa pra um amigo e tivesse um conhecido deste amigo do lado. Assim, esta ferramenta me encabulou um pouco, acho que até por isso, ela vem com a opção "desativar", mas é tentador ver como anda seu blog pelo mundo.


Cópia da página de estatísticas do dia 4 de janeiro de 2011.

Não que eu achasse que só amigos entrassem aqui, e não também, que eu só queira amigos aqui, longe disso! Mas é  só uma questão de tempo, bobeira minha, logo logo me acostumo com isso.

Ah, bobeira mesmo...
SENHOR TURISTA, ENTRE E FIQUE Á VONTADE!!!

domingo, 2 de janeiro de 2011

6 meses


Me desculpem a longa postagem que segue, mas sempre escuto de várias mães pra gente aproveitar bem e registrar cada fase, porque se esquece muita coisa. Então, eu com muito medo, resolvi que além de fotografar, filmar e aproveitar (claro!), vou também escrever de tempos em tempos "pequenos" resuminhos sobre o meninho que cresce a cada dia.

Pedro daqui a pouco deixa de ser bebê, e parece que nem dei por isso! Quem o vê pelo skype diz "Nossa já não é mais bebê, parece um menininho..."
Ahhhh não... ainda é meu bebezinho, por favor.

Continua a ser um bebê muito simpático, muito sorridente, sempre bem disposto. Só chora quando tem sono ou fome, e dá uns gritinhos quando quer atenção, ou seja, sempre. Gosta e muito de companhia, mas de vez em quando dá na telha e brinca muito bem sozinho.

Gosta mesmo é que conversem com ele e que lhe mostrem tudo: quadros, carros, o céu, o chão... como gosta de olhar para o chão, seja com grama, com pedra, com folhas, cada um tem sua graça. Por tanta curiosidade, o chamamos de "George, o curioso", o macaquinho do desenho da TV que fuça em tudo e só resmunga.

Quando anda de carro ou carrinho seu barato é cantar. Canta, canta e canta alto! E canta muito e nos encanta! Só não encanta aos taxistas, quando a viagem é longa.

Começou agora a reclamar com frases inteiras, sempre que se aborrece, força um choro e diz: Mê-mê-mê-mé... Mê-mê-mê-mé... com uma boca de mimadão que nos faz mais é rir. E haja interpretação e rebolado para entender o que Pedrinho está querendo...

Segue o pai com o olhar para todo o lado, está sempre atento ao que ele está a fazer. Os olhinhos se arregalam quando ele passa e, claro, sempre espera uma macacaquice a lhe arrancar uma risada. Desfaz-se em sorrisos quando acorda e o vê, e se o pobre do Matheus continua dormindo, trata logo de acordá-lo, chamando e batendo com as mãozinhas em suas costas. Adora os beijinhos e cócegas na barriga que ele lhe faz, de andar no seu colo mais alto e das brincadeiras de sustinhos. Dá gosto ver como brilham seus olhinhos ao lhe ver, ainda me emociono com isso.

Gosta do banho e farta-se, acho que se não fosse pelas minhas costas, lhe dava banho duas, três vezes ao dia. Adora uma água. A parte de vestir é mais chata, isso desde que nasceu, mas com umas brincadeiras vai lá. Depois é mamar e cama.

Continua a beber o leitinho da mamãe,  fazer uma refeição de papa frutas na manhã e de sopinha à tarde. Quanto à alimentação, ainda não o vi negar nada, gosta de tudo. Este mês começou a comer sozinho, dia ou outro, bolachinhas ou naquinhos de pão. Ah, tenho que me segurar pra não lhe ir enfiando tudo o que gosto goela abaixo. Dia destes não resisti, dei minha casquinha do sorvete, e levei bronca!

Não temos horários rígidos, mas normalmente Pedrinho é muito tolerante as nossas saidas e passeios, aguenta bem, e quase sempre, com muito bom humor e paciência.

Não ficou doentinho ainda, nem uma febrinha nem nada... dizemos que ele é nosso tourinho. E é mesmo. Mas até tourinhos adoecem vez ou outra, e por isso, só torço pra que não seja aqui. A médica daqui, elaborando um cardápio adequado a um bebê de 5 meses, nos recomendou molho branco com noz moscada, parmesão, requeijão e  "una cucharita de dulce de leche" de sobremesa. Confesso que tive medo dela, ainda bem que Pedrinho não entendeu nada. Já pensou se inventa de reinvindicar o que sua médica lhe aconselhou?!

Gosta muito dos seus brinquedos, agarra tudo e, claro, o destino é sempre a boca, "prova" tudo. Fica dentro de sua piscina de ar com todos eles, chegam a lhe tirar os movimentos das pernas, mas os quer por perto sempre. Tem um brinquedo de som e luz também que ele ama, mas ama mesmo é ver seus pais dançando feito bocós quando põe uma música.

Adormecia sempre sozinho no seu bercinho ou carrinho, era meu orgulho. ERA. Agora, briga com o sono, e a culpa é dos pais, briga com a gente também, vai dormir toda noite bravo, cansado e suado.  Dizem que pode ser o medo de dormir e se separar dos pais. Acredito piamente. Isso me faz achar bonitinho sua birra e me faz ter muuuuita paciência pra aguentar o tranco. No mais, quanto ao sono, gosta de acordar tarde e de tirar várias sonecas ao longo do dia.

Suspeito de dentes a caminho, muita baba e aquele morder desesperado nas coisas, mas ainda não se vê e nem se sente nada. Pelo andar da carruagem, com dentes aparecendo um pouco tardiamente, o juízo virá muito tarde. Afff


Filho, só falta mesmo registrar que somos apaixonados por ti!