domingo, 15 de julho de 2012

Saudades


Meus meninos foram embora e,
de repente,
o apartamento ficou 10 graus mais gelado.
Ficarão uma semana longe de mim,
vou sentir saudades por 7 dias,
vou contar 168 horas,
para daqui a 10.080 minutos
abraça-los de novo!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Chegadas e partidas



Me identifico demais com este programa, e não há uma vez, sendo inédito ou não, que não choro assistindo. Talvez por ter passado tantas vezes por essas sensações de chegar ou partir para um lugar tão longe e de buscar ou levar alguém tão amado, talvez por saber que ainda vou passar muito por isso, mas principalmente, por que são nesses momentos, que tudo fica muito claro pra gente, é muito simples:
- Sofro porque vou ficar longe de você!
- Estou feliz por que você está aqui de novo ao meu lado!

Simples não?  A saudade que vamos sentir de alguém ou que vamos matar num regresso, é um exemplo claro e simples de perceber o quanto amamos alguém.

A saudade, aquele aperto no peito, aquele último abraço de tchau, ou aquela primeira troca de olhar quando a pessoa esperada aparece no portão... ai, revivo isso em cada programa, sofro e me emociono em cada história, parece masoquista né? Em parte é mesmo, mas a vida é isso mesmo né, muitas chegadas e partidas. 

O bom de tudo isso, é que na minha história, todos que foram, voltaram. E que eu, hoje estou aqui, "voltada" de tantas idas e vindas e no lugar onde eu quero. 

Aos queridos que ainda estão em terras distantes, só me resta imaginar e desejar o momento tão esperado de um reencontro e de matar a saudade, afinal, segundo Neruda, o maior sofrimento, é não ter por quem sentir saudades. 

Quer curtir suas saudades com uma boa música? Clique aqui, e ouça a trilha sonora do programa.


Eu e meu pai, em uma de nossas milhares de idas e vindas. 



sexta-feira, 1 de junho de 2012

O paquerador de meia tigela

Escrevi este texto quando Pedro fez 20 meses, agora ele esta com 23, mas como não ando postando nada vou publica-lo neste mês mesmo. Pelo que vi, em três meses as mudanças foram grandes, vale outra postagem antes dos 2 anos. OPA!!! 2 ANINHOS LOGO MAIS!!!


Pedro faz hoje 20 meses, isso significa 4 meses para 2 anos. Acho que passado 2 anos, paramos de contar os meses, não?

Bom, o rapaz com seus 20 meses ainda não fala muita coisa: papa (para o papai e para comida), caca (para o lixo e para os calçados), aguá (para água em qq forma, água de beber, piscina, poças), babu (para a mamãe, buááá...), tata (quando se refere a ele), bu (carro), cocó (para coisas do Cocoricó e galináceas em geral), imita alguns animais e ponto. Dia desses andou falando uma frase inteira: “Papá dá cocó” apontando para umas das galinhas de enfeite da cozinha, ganhamos o dia. Mas apesar de não falar a nossa língua, cantarola o dia inteiro e lê seus livros japoneses em voz alta, pena ninguém mais em casa entenda japonês.

No apartamento parece um bicho preso numa jaula, por isso adora ir para a escola, adora passear por ai, mas já não tem muita paciência de ficar quietinho numa cadeira no restaurante ou no carrinho num passeio. Quer fuçar sem parar, a curiosidade é a característica mais marcante para mim no menino desde sempre. É tb bastante teimoso, não aceita fácil um "não" e não obedece a nada quando contrariado. Não se liga muito na TV a não ser que seja algo musicado, clipes do cocórico e galinha pintadinha já não tocam mais direito, tamanho o desgaste dos dvds. Adora aberturas de programas, do Backyardigans e Two and half men são as preferidas.

De brinquedos favoritos, continua com seus livros, brinca muito com peças de montar e utensílios da cozinha, e agora tem o Júlio do cocoricó como amigão, divide a comida, dá aguá, leva para passear, senta na varanda para o olhar o movimento ou na cadeirinha para assistir tv, ensina tudo o que pode para o Júlio.

No que se refere a dormir, o menino ainda é um bebê, me acorda três vezes na noite em média e às vezes resolve que vai brincar, comer ou passear pela madrugada, e se durante o dia já não  faz nada sozinho, não é na calada da noite que isso vai ser diferente, alguém tem que ficar com ele até o bichinho resolver dormir de novo. Isso me cansa, mas confesso que aproveito bastante pra dormir agarradinha com ele, sei que um dia isso vai acabar.

O novo barato do Pedro agora é brincar no carro, fica doido quando deixamos ele ficar fuçando no painel e na direção. O difícil depois é tirá-lo de lá sem choro. Adora parques, poças d´águas, balanços, sucos, batata-fritas e paquerar...
Dia desses numa lanchonete, começou paquerar a garçonete, olhava indiscretamente para ela, fazia graça e sorria sem parar, o fim da picada foi quando pegou uma batata-frita e ficou oferencendo a ela de longe com olhar de sedutor, tipo: "Vem aqui gata, olha o que eu tenho pra vc!".
Já vi, em um dia, ele levar três foras de menininhas num supermecado, mas não desistiu enquanto não arrumou alguém que lhe desse bola. São infinitos beijos, acenos e sorrisos, isso deve ser consequência de ser o único menino de sua turma. 
Paquerar, ai como paquera... 
Sofrer, ai como eu sofro...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Pique-nique é tudo de bom!!!



Pique-nique é muito bom!!!
De forma sustentável?!?
É excelente!!!


 
Clique aqui e tenha acesso ao guia do pique-nique sustentável do Instituto Akatu

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Um olhar sobre Gaia, a Terra como organismo vivo.

Nem só um blog no G1, e nem somente alguns minutos no jornal da Globo para falar sobre o tempo, não, não, Rosana Jatobá merece mesmo é um programa só dela.


De preferência no horário nobre!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Cineminha frustrado

Pedro, filho amado,


não é porque mamãe e papai te fazem tudo quanto é vontade; não é porque você é o centro de nossas atenções; e muito menos porque não podemos te ver chorar... que você deve se sentir no direito de sabotar um mísero cineminha.

Ir ao cinema, significava muito para seu pai e sua mãe, afinal, já faz anos que os pobres não conseguem assistir um filme. Se é que eu lembro, o último filme que assiti foi "Avatar",
uma porcaria que há muito esta na minha cabeça por ser o último.

Resolvemos que desta férias não passava, para tanto, os pobres coitados compraram antecipadamente seus ingressos, cuidaram para que a sessão fosse bem tarde, assim você nem perceberia nada. Vovó e vovô ficariam com você e avisariam se você acordasse, nunca desligaríamos o celular na sala do cinema. Nunca!

O filme?
Pra você ver, isso era um mero detalhe, não importava, podia ser qualquer um, e assim foi...
"Missão Impossível 4", pior que  "Avatar" não poderia ser. Buááá... percebe o drama, filho?

Mas filho, essa você vai ficar nos devendo, acordar e dar um pampeiro minutos antes de sairmos??? Ahhhh não!!! Tsc tsc tsc... não vai ficar assim não... Perdemos o cinema e ficamos com você, só no cheirinho e na mimadeza que você exigiu.

Pois anote ai no seu caderninho, que vou ditar, assim que você souber escrever:

"Devo uma sessão de cinema aos meus pais,
prometo ficar quietinho com meus  avós,
se quiserem, podem até esticar num jantarzinho romântico e,
quem sabe, dormir fora...
Mas não abusem, do meu dinheirinho só sai o cinema, em sala comum  e pagando meia, afinal, vocês eram estudantes na época" 

Com muito amor,
Mamãe

domingo, 8 de janeiro de 2012

2011 Um ano de ajustes.

Na postagem sobre o ano de 2010, disse que 2011 seria uma incrível jornada. Não que eu tenha errado no adjetivo, mas acho que "dupla" expressaria melhor minha jornada de 2011. Sim, foi incrível, mas foi uma incrível dupla jornada.
Meu ano de 2011 começou em março, quando voltei para o Brasil para dar início ao meu doutorado, finalizando então uma bela temporada de 4 meses em Mendoza de curtição em família. Eu não sabia o que me esperava, previ que seria diferente, que teria menos tempo e que a coisa  iria ser mais difícil, mas juro que não imagina que seria tão difícil. Conciliar horários de uma criança totalmente dependente com disciplinas que te fundem a cabeça na aula, te arrancam o couro de trabalhar em outros horários e depois te tiram o sono de tanta preocupação e mais uma casa para arrumar, roupa e comida... e umas surpresinhas de desventuras... foi de matar.
Por isso, 2011 para mim, foi um ano de esgotamento contínuo, foram sequências de eventos, prazos, vacinas, inalações e compromissos que pareciam não acabar nunca. Foi um ano de notas baixas, de atrasos, de erros, de meter os pés pelas mãos... Falando assim parece que o ano teve um balanço negativo ao seu término, mas não é bem assim, houve muito sacrifício, muito trabalho e noites mal dormidas. Mas eu e Matheus também fizemos o possível e o impossível para em nenhum aperto sacrificar a rotina do Pedro. E assim, podemos concluir que o plano correu muito bem no fim das contas. Fechamos o ano com minhas disciplinas encerradas, com a qualificação dele e não perdemos um tico de nada da nossa maior prioridade, o Pedro.
E isso tudo culminou em um maior conhecimento pessoal e em novos limites. Para este ano já sei que não posso mais abraçar mil compromissos e ainda querer fazer inglês, natação, violão e dança de salão, não posso deixar relatórios para a útima noite, não tenho mais como dormir dois dias seguidos para descansar de uma prova estressante.

Mochilas, fiéis companheiras de 2011, a primeira sou eu,
a menor o Pedro e por último, Matheus.

Porém, o mais importante nisso tudo, foi ver que só conseguimos porque fizemos tudo junto, porque houve muito revessamento, muita compreensão e muita abdicação entre eu e Matheus, e claro que houve momentos de tensão e discussões entre nós, mas tudo isso só fez aumentar nossa cumplicidade e só nos fortaleceu.

Eu diria que a palavra de 2011, seria AJUSTE, foi um ano de ajuste, o Pedro com sua creche, seus amigos, suas doencinhas sazonais; e eu e Matheus, com nossos doutorados, a rotina do laboratório e a difícil e deliciosa vida de pais "tripla jornada" (trabalho+ filho+casa).
Para 2012, sinto que as coisas serão bem mais tranquilas, percebo mais estabilidade na rotina familiar e mais segurança nas nossas decisões, coisa que, assim espero, nos trará menos complicações. E apesar de sermos pais a apenas 1 ano e meio, sinto que estamos mais preparados também para enfrentar surpresas desagradáveis fora do script,como uma febre de 40 surgindo do nada, um nariz escorrendo ao longo de 4 meses... 
E o que vale é que passamos mais um ano juntos, com momentos de sofrimento, porém muito mais momentos de grande alegria e sempre rodeados de bons amigos e com todos que amamos. E por fim, hoje penso que minha vida daqui pra frente não deve ser muito diferente disso não, correria, surpresas, obrigações, 1 filho, 2 filhos, 3 filhos (quem sabe...) e que no fim das contas o que importa é que podemos passar a vida inteira assim:
CANSADOS... 
MUITO CANSADOS...
MAS MUITO, MUITO FELIZES.