sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Os vinhos mendocinos.

Mendoza é mundialmente conhecida por sua produção de vinhos de boa qualidade, 70% do vinho produzido na Argentina se concentram na província, aqui há 150 mil metros quadrados de uvas plantadas e dos mais variados tipos (malbec, merlot, cabernet sauvignon, pinot, sirah, val semina, borgonha, trempranillo) e cerca de 1.200 bodegas. 

Vinho delicioso pedido no restaurante "Almacén de Uco" em Tunuyan, uma das cidade da rota do vinho.
   
As bodegas vão de tradicionais e centenárias à novas e modernas (comandadas por europeus e americanos aventureiros de grana), e algumas, cerca de cem, estão preparadas para receber turistas. Elas diferem quanto a sua produção artesanal ou altamente tecnológica e nelas você pode conhecer os processos de colheita, separação, retirada do suco, amadurecimento, envelhecimento e engarrafamento. Porém, devido as suas diferenças na produção, quantidade de informações e a suas histórias únicas, recomenda-se visitar umas três bodegas no mínimo.
 
Mendoza nos ensina, quase que sem querer, a gostar mais de vinhos, a  conhecer seus vários tipos, sabores, uvas, tempo de colheita, armazenamento e assim, Mendoza te ensina a achar o vinho de cada momento.

Os três primeiros que tomei aqui, o Trapiche foi o melhor, aliás, todos os Trapiche Origen que tomamos estavam gostosos.

É claro que estamos aproveitando esta temporada aqui em Mendoza para aprender um pouco mais sobre vinhos e para apreciá-los também. Abrimos sempre que dá, uma garrafa diferente, colocamos na taça, uma chacoalhadinha, uma cheiradinha, e um beberico, e pronto, acho bom ou ruim. Nada de comentários profundos, apenas os classificos em categorias tipo: "ruim, não dá pra beber", "bom, dá pra beber", e "muito bom, quero levar pro Brasil".
   
Três vinhos que tomamos aqui com a Cris e o Tadeu. O Ampakama levou a categoria "quero levar pro Brasil", porém não é de Mendoza, é de San Juan, província vizinha.
Sinto que ainda estou longe de chegar ao ponto de discutir que o vinho é bom porque seu corpo é frutado ou amadeirado, ou porque há notas de caramelos, tabaco, pimenta, baunilha ou seja lá que tempero mais em seu corpo de fundo sei lá do que quer que seja... e sinto que nem vou chegar neste ponto. Mas depois, lendo o rótulo com sua descrição, posso até "enxergar" tais sabores, cheiros e sensações descritos. Será psicológico? Ou será bebedeira mesmo?
Uma coisa é certa, estamos tomando e aprendendo, e temos desaprovado poucos por enquanto. Será nosso paladar ainda pouco apurado? Ou serão os vinhos daqui bons demais mesmo?


Vinhos da degustação da Bodega San Huberto, que vistamos com a Cris e o Tadeu. Vinhos naturalmente doces e refrescantes de colheitas tardias.

 Quanto as visitas, fizemos apenas uma, e na ocasião Cris e Tadeu nos acompanhavam, adoramos! A recepção, a visita, a aula, a paisagem e melhor, a degustação, nos sentimos muito bem recepcionados. Aprendemos muito lá, e tivemos a impressão que havia muito o que aprender. Saímos com gostinho de quero mais.

Bom, espero ainda conhecer pelo menos mais uma bodega antes de ir embora, mais duas vai...

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