sábado, 27 de novembro de 2010

A Insustentável Leveza do Ser


Milan Kundera escreveu A Insustentável Leveza do Ser em 1984, e este passou a ser seu trabalho mais conhecido e popular. Li este livro, por acaso, ou por destino, na passagem do ano, e desde então, vivo pensando nele, em trechos que me marcaram, em fatos coincidentes e na vontade de lê-lo novamente. Garanto que vale muito a pena.

O gênero romance, é apenas a história de fundo que nos mostra uma gama de conflitos filosóficos dos quais vivemos diariamente, dualidades, a vida vazia, a liberdade humana, a compaixão, a dor, os erros, o destino, as relações humanas. Mostra a vida como algo que não pode ser considerada nem como um rascunho, um experimento, um ensaio; não há como voltar atrás, como repetir-se, como saber o certo ou errado.

A obra, sucesso de público e crítica, ganhou sua versão cinematográfica no ano de 1988, com direito a duas indicações para o Oscar, porém, eu nunca assisti.


Abaixo, alguns trechinhos do livro, quem sabe não te dá vontade de lê-lo:


"O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma multidão inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado, esse desejo diz respeito a uma só mulher."

"Mas o homem, porque não tem senão uma vida, não tem nenhuma possibilidade de verificar a hipótese através de experimentos, de maneira que não saberá nunca se errou ou acertou ao obedecer a um sentimento."


"Aquilo que não é consequência de uma escolha não pode ser considerado nem mérito nem fracasso"


"Não existe meio de verificar qual é a decisão acertada, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse me cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida?"

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Murilo


10/11/2010


Nasceu Murilo, o terceiro primo do Pedro. Será que tantos homens escorpianos, na mesma casa, pode dar certo? Sei não...

Aguardem mais fotos do pitico

domingo, 7 de novembro de 2010

Uma leitura peso-pena




O ano de 2010, por enquanto, tem sido um fiasco no que diz respeito a leitura.


Não falo daquela de artigos, teses, dissertações, relatórios, resumos... e todas as demais que se encaixam nesta categoria peso-pesado da leitura (aliás, foi pensando na minha dissertação, que surgiu o pensamento gancho deste post, falo disso num próximo post). Desta leitura estive bem este ano, tomei uma boa dose dela, não sem fechar os olhos e tapar o nariz, pra engolir de uma vez, feito remédio amargo que não tem jeito, a gente tem que engolir.


No que diz respeito à leitura, este ano fui campeã absoluta, na categoria médio-ligeiro, é uma categoria de leitura muito ligada a fase da vida na qual você se encontra. Normalmente, se manifesta através de buscas incessantes na internet de sites e blogs referentes a condição em você se encontra.

A categoria é médio-ligeiro, porque não é pesada e começa com uma leve pesquisinha aqui, que puxa outra, e outra, e outra...e vai cansando, e vai pesando, e você não consegue parar, e só mais um, e só mais este... e quando você vê, você passou o dia, e fácil e ligeiramente você leu mais de 500 links sobre, incialmente, um determinado assunto. No meu caso, bebês e gravidez.


Queria ter tido mais tempo para a leitura peso-leve, aquela que você lê, porque quer, e ponto. Sem compromisso, leitura prazerosa, feita por opção, por recomendação, por vontade, pela onda, pela capa bonita ou o que quer que seja... com a pressão somente de saber o final, se você continuar, nem terminar você precisa. Nesta categoria, estou no segundo livro, e ainda sim, por que os dois, em ocasiões diferentes, me foram colocados na mão (obrigada, Cris).


Vale aqui dizer que, vontade de deitar numa rede e ler a tarde inteira, não me faltou, porém, em virtude de duas mudanças de casa, a finalização de uma gestação e uma dissertação, uma seleção de doutorado, duas monitorias e um menininho pra criar, não me permitiram gastar muito tempo com tal atividade, este tempo foi sabiamente destinado à leitura da magnífica obra "A encantadora de bebês resolve todos os seus problemas", que se encaixa na categoria peso-médio.


Bom, ainda é cedo pra reclamar, quem sabe não tiro esse novembro e dezembro pra me dedicar a leitura peso-leve e correr atrás do prejuízo? Quem sabe, tudo isso em espanhol e numa praça de Mendoza?